terça-feira, julho 23, 2013

Resenha: Cidade das Almas Perdidas


Nome do livro: Cidade das Almas Perdidas
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501403285
Páginas: 429
Lançamento: 2013

Sinopse: Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

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Não é segredo o quanto eu amo os livros da Cassandra Clare, depois que terminei de ler o 4° livro (Cidade dos Anjos Caídos) fiquei praticamente desesperada para ler o próximo. Os leitores assíduos da autora sabem como é a sensação angustiante que acontece nos finais dos livros dela. Então, eu estive ansiosa por esse livro durante meses! 

O que eu mais gosto nos livros (Instrumentos Mortais) é a forma como a autora consegue transformar os personagens secundários de forma que quem está lendo realmente se importe com eles, tanto quanto pelos personagens principais.

O enredo do livro começa destacando como pontos principais; o misterioso desaparecimento de Jace e Jonathan(Sebastian) e a forma como tudo isso afeta os demais personagens que por sua vez enfrentam suas próprias batalhas pessoais.

Simon lida com os conflitos ao buscar conciliar sua vida como um ser do submundo ao mesmo tempo em que tenta esconder a verdade sobre isso de sua mãe.
 Isabelle é martirizada por traumas passados em relação a relacionamentos, mas a medida que a história avança dá pra notar que ela se apaixona e é ainda mais nítido o medo que ela tem de se machucar em razão desses sentimentos. 

“- E você não tem medo de nada.
- Não sei. – o cabelo dela caiu para frente. – Talvez você parta meu coração.”

Simon é meu personagem favorito. Mas fica óbvio que eu gosto muito da Isabelle; creia-me nem sempre foi assim... No entanto, ela me conquistou. Penso que assim como Jace em Cidade dos Ossos, ela sempre tenha guardado os seus sentimentos, mas nesse livro, percebemos além de tudo o grande apego que ela tem pela família e principalmente por seus irmãos.

Jordan e Maia estão mais em destaque e vemos florescer a confiança novamente entre eles, e a superação dos acontecimentos anteriores. O modo como isso acontece é lindo!

A história ente Magnus e Alec aparentemente está fluindo bem e temos muitas cenas com eles. Algumas são hilárias, outras são bem quentes e algumas; são de partir o coração.

Em meio a todos os problemas que cada um deles têm, esses personagens vão tentar fazer o que for possível para resgatar Jace de Jonathan(Sebastian).  Os atos decorrentes disso irão contra valores  e eles vão desafiar regras inclusive a Clave ao encarar essa jornada que terá muitos sacrifícios e perdas para alguns.

O dilema por trás do desaparecimento é que Jace está amaldiçoado, seu corpo está ‘ligado’ ao de Jonathan(Sebastian),  e isto o faz dependente dos  planos e vontades do outro. Matar Sebastian, não é alternativa, já que feri-lo significa ferir o próprio Jace.

“Se matá-lo, Jace morre.”

Clary não encontra outro modo para ajudar o namorado, a não ser acompanhá-lo e se sujeitar a morar no mesmo lugar que eles, com o objetivo de descobrir o verdadeiro plano do irmão que ela odeia. No entanto, o que ela vai perceber é que a ligação transformou Jace de algum modo e que trazê-lo de volta pode ser mais perigoso e difícil do que ela pensava.

Pois frequentemente, quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo.”

Durante essa convivência conhecemos o vilão da história que parece bem mais complexo do que no primeiro momento. Jonathan(Sebastian) é cruel,  e ardiloso. Só que existe algo no personagem que te faz questionar se ele é tão mau assim.  Ele tem momentos de carência implícita, a busca de afeto pela irmã e ainda que use maneiras um tanto singulares de mostrar isso; a necessidade de pertencer a alguém ainda está lá.
Na minha concepção, vejo Sebastian como vítima também. Valetim o criou para ser o que ele é. Não existiu amor entre pai e filho, e durante sua infância ele foi constantemente espancado. Portanto o mau é tudo o que ele conheceu.  Eu o vejo relutando entre o bem e o mau.
Enquanto Clare convive com esse novo Jace e o irmão, os outros personagens lutam sua própria batalha para encontrar uma forma de separá-los sem que ambos morram.

“Se ele for mais mau do que bom, mais do inferno que do Céu, também queimará a vida dele”


Posso dizer que estou cada vez mais apaixonada pela saga. Eu gostei do fato de que a autora interliga pequenos momentos da saga (As peças Infernais) com o enredo deste. A história foi bem construída e o mistério envolvido no final só nos deixa ainda mais ansiosos pelo próximo livro.

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P.S: A carta que Jace escreveu para Clary (Cidade de Vidro) foi publicada no final deste livro. Vale a pena ler!
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