Nome do livro: Cidade das Almas Perdidas
Sinopse: Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary
fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao
perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide
destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o
outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a
fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele
está realmente perdido?
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Não é segredo o quanto eu amo os
livros da Cassandra Clare, depois que terminei de ler o 4° livro (Cidade dos
Anjos Caídos) fiquei praticamente desesperada para ler o próximo. Os leitores
assíduos da autora sabem como é a sensação angustiante que acontece nos finais
dos livros dela. Então, eu estive ansiosa por esse livro durante meses!
O que eu mais gosto nos livros (Instrumentos
Mortais) é a forma como a autora consegue transformar os personagens
secundários de forma que quem está lendo realmente se importe com eles, tanto
quanto pelos personagens principais.
O enredo do livro começa
destacando como pontos principais; o misterioso desaparecimento de Jace e Jonathan(Sebastian)
e a forma como tudo isso afeta os demais personagens que por sua vez enfrentam
suas próprias batalhas pessoais.
Simon lida com os conflitos ao buscar
conciliar sua vida como um ser do submundo ao mesmo tempo em que tenta esconder
a verdade sobre isso de sua mãe.
Isabelle é martirizada por traumas passados em
relação a relacionamentos, mas a medida que a história avança dá pra notar que ela
se apaixona e é ainda mais nítido o medo que ela tem de se machucar em razão
desses sentimentos.
“- E você não tem medo de nada.
- Não sei. – o cabelo dela caiu para frente. – Talvez você parta meu
coração.”
Simon é meu personagem favorito.
Mas fica óbvio que eu gosto muito da Isabelle; creia-me nem sempre foi assim...
No entanto, ela me conquistou. Penso que assim como Jace em Cidade dos Ossos,
ela sempre tenha guardado os seus sentimentos, mas nesse livro, percebemos além
de tudo o grande apego que ela tem pela família e principalmente por seus
irmãos.
Jordan e Maia estão mais em destaque
e vemos florescer a confiança novamente entre eles, e a superação dos
acontecimentos anteriores. O modo como isso acontece é lindo!
A história ente Magnus e Alec aparentemente
está fluindo bem e temos muitas cenas com eles. Algumas são hilárias, outras
são bem quentes e algumas; são de partir o coração.
Em meio a todos os problemas que
cada um deles têm, esses personagens vão tentar fazer o que for possível para
resgatar Jace de Jonathan(Sebastian). Os
atos decorrentes disso irão contra valores e eles vão desafiar regras inclusive a Clave
ao encarar essa jornada que terá muitos sacrifícios e perdas para alguns.
O dilema por trás do
desaparecimento é que Jace está amaldiçoado, seu corpo está ‘ligado’ ao de Jonathan(Sebastian), e isto o faz dependente dos planos e vontades do outro. Matar Sebastian, não é alternativa, já que feri-lo significa ferir o próprio Jace.
“Se matá-lo, Jace morre.”
Clary não encontra outro modo para ajudar
o namorado, a não ser acompanhá-lo e se sujeitar a morar no mesmo lugar que
eles, com o objetivo de descobrir o verdadeiro plano do irmão que ela odeia. No
entanto, o que ela vai perceber é que a ligação transformou Jace de algum modo
e que trazê-lo de volta pode ser mais perigoso e difícil do que ela pensava.
“Pois frequentemente, quando algo precioso se perde, ao voltarmos a
encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo.”
Durante essa convivência
conhecemos o vilão da história que parece bem mais complexo do que no primeiro
momento. Jonathan(Sebastian) é cruel, e
ardiloso. Só que existe algo no personagem que te faz questionar se ele é tão
mau assim. Ele tem momentos de carência implícita,
a busca de afeto pela irmã e ainda que use maneiras um tanto singulares de
mostrar isso; a necessidade de pertencer a alguém ainda está lá.
Na minha concepção, vejo
Sebastian como vítima também. Valetim o criou para ser o que ele é. Não existiu
amor entre pai e filho, e durante sua infância ele foi constantemente
espancado. Portanto o mau é tudo o que ele conheceu. Eu o vejo relutando entre o bem e o mau.
Enquanto Clare convive com esse
novo Jace e o irmão, os outros personagens lutam sua própria batalha para
encontrar uma forma de separá-los sem que ambos morram.
“Se ele for mais mau do que bom, mais do inferno que do Céu, também
queimará a vida dele”
Posso dizer que estou cada vez
mais apaixonada pela saga. Eu gostei do fato de que a autora interliga pequenos
momentos da saga (As peças Infernais) com o enredo deste. A história foi bem
construída e o mistério envolvido no final só nos deixa ainda mais ansiosos pelo próximo
livro.
P.S: A carta que Jace escreveu
para Clary (Cidade de Vidro) foi publicada no final deste livro. Vale a pena
ler!